Uma das coisas que me agrada no budismo e no yoga é a pouca importância que dão ao passado. Tentar explicar os pensamentos e emoções que surgem no momento presente, olhando para o passado, é como tentar perceber qual foi o movimento da matéria até chegar ao ilusório mundo das formas que neste momento percepcionamos. É impossível e inútil.
O passado não interessa, só interessa quando ocorre no presente. Mais vale estar atento a cada momento de modo a poder observar uma emoção ou pensamento negativo, no momento em que surge, quando ainda é fraca, e não a alimentar... e continuar a cultivar a serenidade, a sabedoria e a compaixão.
Ao pensar que somos produto do nosso passado, vemos-nos como algo que existe por si só, independentemente de tudo o resto, um eu permanente que se foi construindo. Limita-nos, condiciona-nos, não nos permite acreditar. Mas não tem que ser assim. Podemos partir de onde estamos... sempre. Não interessa comparar com o passado, não é útil. Não temos passado, o passado não existe. Podemos desapegar-nos do passado e ter um começo totalmente limpo em cada instante.
Adeus Freud, olá Buda!
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