domingo, fevereiro 25, 2007

O infinito na palma da mão

Estou a ler este livro. É uma longa conversa entre um cientista que se tornou monge e um budista que se tornou cientista. Este está escrito em português, mas ainda é mais difícil de perceber que o outro.

Parece haver uma estranha coincidência entre o que diz a física moderna e a filosofia budista. Já nem sei o que é que existe. Parece que quer matéria quer consciência em termos de existência estão em pé de igualdade. Apenas há o todo e relações entre coisas que não existem por si. O que se observa depende sempre do observador. E nos instantes iniciais do big bang não se entende nada pois a mecânica quântica e a relatividade geral não se conseguem conciliar. Tudo é possível. E pode ser que o big bang seja um de muitos, embora actualmente se pense que não. E pode ser que o mundo, ou os mundos, existam desde sempre como diz o budismo. A consciência pode existir sem matéria? Os renascimentos fazem sentido? Parece que não se sabe grande coisa e tudo é possível e nada existe nem não existe. Esta vida é um grande mistério...

4 comentários:

ISABEL Mar disse...

eu tinha-te dito ... e o mais incrível é pensar que eu conheço este homem que escreveu esse livro, o Mathieu Ricard ... espantoso, não é? a realidade é o quê?

Avusa disse...

tenho esse livro na minha mesa de cabeceira preste a ser iniciado. Acabei agora mesmo o do Dalai Lama, "O Universo num Átomo".

Abraços

Imhotep disse...

Conheces? Ele parece mesmo esperto, além de saber muito sobre budismo também sabe de física. Eu até fui casado com uma física durante uns anos, mas aquilo é demais para mim :-)

De qualquer modo gosto do livro, daquilo que entendo. Parece muito mais profundo do que o outro que li antes. Agora já não sei se a consciencia anda mesmo por ai tipo onda sem existencia física a agarrar-se a seres de vez em quando, porque não?

Na verdade nao vejo porque razão as conclusoes iguais a que chegam meditadores experientes são menos válidas que as dos cientistas. Eu também nao consigo verificar que a relatividade geral está correcta, por exemplo.

E é engraçado que neste livro o cientista parece mais "religioso" que o budista.

Boa leitura João, espero que entendas mais que eu!

Abraços

Luís

ISABEL Mar disse...

sim... conheço... então não te lembras de eu te ter falado dele quando falei em Karuna? TENS mesmo k ir a Karuna ... ele fez doutoramento orientado por prémio nobel da física!!! é tão fantasticamente simpático e simples... e o Jigmé é amigo dele ... vêm com frequência a Karuna... olha... tens k vir à meditaçao aki ao Porto com o Bal... o meu cunhado é Físico e... é demais mesmo esse livro...