Alguém colocou o documentário da BBC que me chamou a atenção para o Budismo no youtube! É muito bom...
sexta-feira, dezembro 07, 2007
quinta-feira, dezembro 06, 2007
Pornografia

Houve tempos em que se adoravam esculturas de pénis em procissões. Simbolizavam a energia sexual, uma dádiva para apreciar. Tempos em que se esculpiam cenas de orgias nos monumentos... Depois surgiu o culto do espírito em detrimento do corpo. O corpo tornou-se uma coisa suja, o sexo motivo de culpa. A saudável celebração do sexo foi substituída por uma doentia propagação do culto da culpa.
Terminada a breve introdução histórica, queria só escrever aqui que não vejo mal nenhum na pornografia. Se há pessoas que querem mostrar-se nuas, a fazer sexo, e há pessoas que gostam de ver, quem é que é prejudicado com isso? Ninguém.
Eu, como a maioria das pessoas saudáveis, gosto de ver fotografias de pessoas nuas e filmes com sexo explícito. Por vezes apetece-me fazer isso, e faço. Parece que grande parte da informação que passa na Internet, tem a ver com sexo.
Mas, talvez devido ainda ao culto da culpa, não existe uma atitude saudável. Os filmes pornográficos são todos de má qualidade e de mau gosto. No entanto encontram-se pequenas cenas bastante bonitas. Filmes eróticos existem com mais qualidade, mas são ridículos. Quando é altura de aparecerem cenas de sexo aparece, em vez disso, qualquer coisa que não tem nada a ver, é frustrante.
Já ouvi todo o tipo de argumentos disparatados contra a pornografia. Fala-se em pedofilia, em mulheres que são exploradas... mas parece-me sempre que é tipo ser contra a que se caminhe na rua para combater os atropelamentos. Também parece existir o preconceito de que uma pessoa que pode apreciar pornografia, não tem bom gosto, ou qualquer coisa do género. Eu sou alentejano. Para mim uma açorda de alho é a comida mais básica que existe. Mas gosto muito de açorda de alho. E não me parece que isto me incapacite de algum modo para apreciar comidas mais sofisticadas.
Não há muito tempo, a masturbação era o pior dos pecados. Mas parece haver estudos que mostram que grande parte das pessoas, mesmo com relacionamentos sexualmente satisfatórios, se masturbam. Será um pecado maior se nos masturbarmos a ver pornografia? Se calhar é um pecado menor pois, o estimulo visual da pornografia pode permitir que a masturbação seja mais rápida! Hum... talvez o melhor seja mesmo fazer o sexo com a luz apagada, parcialmente vestido, e apenas com o objectivo da procriação.
A desconstrução de preconceitos incutidos que foram passando de geração em geração, não se faz de um dia para o outro... Mas temos a liberdade de por tudo em causa!
A única regra é não fazer sofrer ninguém: nem a nós próprios nem aos outros. Porque toda a gente se quer libertar do sofrimento e das causas do sofrimento, e ser feliz. Nenhum caminho que não prejudique ninguém é inaceitável. Mais não sei.
Terminada a breve introdução histórica, queria só escrever aqui que não vejo mal nenhum na pornografia. Se há pessoas que querem mostrar-se nuas, a fazer sexo, e há pessoas que gostam de ver, quem é que é prejudicado com isso? Ninguém.
Eu, como a maioria das pessoas saudáveis, gosto de ver fotografias de pessoas nuas e filmes com sexo explícito. Por vezes apetece-me fazer isso, e faço. Parece que grande parte da informação que passa na Internet, tem a ver com sexo.
Mas, talvez devido ainda ao culto da culpa, não existe uma atitude saudável. Os filmes pornográficos são todos de má qualidade e de mau gosto. No entanto encontram-se pequenas cenas bastante bonitas. Filmes eróticos existem com mais qualidade, mas são ridículos. Quando é altura de aparecerem cenas de sexo aparece, em vez disso, qualquer coisa que não tem nada a ver, é frustrante.
Já ouvi todo o tipo de argumentos disparatados contra a pornografia. Fala-se em pedofilia, em mulheres que são exploradas... mas parece-me sempre que é tipo ser contra a que se caminhe na rua para combater os atropelamentos. Também parece existir o preconceito de que uma pessoa que pode apreciar pornografia, não tem bom gosto, ou qualquer coisa do género. Eu sou alentejano. Para mim uma açorda de alho é a comida mais básica que existe. Mas gosto muito de açorda de alho. E não me parece que isto me incapacite de algum modo para apreciar comidas mais sofisticadas.
Não há muito tempo, a masturbação era o pior dos pecados. Mas parece haver estudos que mostram que grande parte das pessoas, mesmo com relacionamentos sexualmente satisfatórios, se masturbam. Será um pecado maior se nos masturbarmos a ver pornografia? Se calhar é um pecado menor pois, o estimulo visual da pornografia pode permitir que a masturbação seja mais rápida! Hum... talvez o melhor seja mesmo fazer o sexo com a luz apagada, parcialmente vestido, e apenas com o objectivo da procriação.
A desconstrução de preconceitos incutidos que foram passando de geração em geração, não se faz de um dia para o outro... Mas temos a liberdade de por tudo em causa!
A única regra é não fazer sofrer ninguém: nem a nós próprios nem aos outros. Porque toda a gente se quer libertar do sofrimento e das causas do sofrimento, e ser feliz. Nenhum caminho que não prejudique ninguém é inaceitável. Mais não sei.
segunda-feira, dezembro 03, 2007
Lynch, o realizador que medita

Uma notícia interessante:
O realizador norte-americano David Lynch esteve este sábado no European Film Festival, o último dia da mostra portuguesa, para dar uma Masterclass aberta ao público.
[...]
«A meditação ajuda a libertar, a ser feliz por dentro», disse o cineasta. «Procura o reino dos céus que tens dentro de ti e o resto virá por acréscimo», continuou. «Com a meditação as coisas negativas - a raiva, a depressão, a tristeza - desaparecem», garantiu o realizador durante a Masterclass.
Questionado sobre o impacto que esta disciplina teve na sua vida pessoal, em particular como artista, David Lynch comentou que antes de começar era uma pessoa afectada pela depressão e pela raiva.
«Com a meditação consegui ultrapassar emoções negativas como o medo e a ira, libertei a minha consciência e a criatividade começou a fluir», descreveu.
[..]
Notícia competa
O realizador norte-americano David Lynch esteve este sábado no European Film Festival, o último dia da mostra portuguesa, para dar uma Masterclass aberta ao público.
[...]
«A meditação ajuda a libertar, a ser feliz por dentro», disse o cineasta. «Procura o reino dos céus que tens dentro de ti e o resto virá por acréscimo», continuou. «Com a meditação as coisas negativas - a raiva, a depressão, a tristeza - desaparecem», garantiu o realizador durante a Masterclass.
Questionado sobre o impacto que esta disciplina teve na sua vida pessoal, em particular como artista, David Lynch comentou que antes de começar era uma pessoa afectada pela depressão e pela raiva.
«Com a meditação consegui ultrapassar emoções negativas como o medo e a ira, libertei a minha consciência e a criatividade começou a fluir», descreveu.
[..]
«Podem dizer que sou louco, mas ao menos tentem e vejam o que pode acontecer. Em Portugal bastariam 350 professores para toda a população», disse na Masterclass.
Notícia competa
quinta-feira, outubro 11, 2007
Esta vida...

Tenho passado tanto a tempo a ler e a pensar sobre religião, filosofia, espiritualidade... E que aprendi eu?
Neste momento sinto-me bem. Nos últimos dias, semanas, tudo tem corrido bem, não há nada que eu queira muito, não há nada que não esteja bem... No entanto persiste esta sensação de que continuo vulnerável. Podia estar tudo igual mas senti-me em baixo. E claro que pode acontecer a qualquer momento algo que me deixe em baixo. Enfim, não sei como fazer para voltar para um estado favorável se dele sair...
A nossa psicologia é inútil. Serve apenas para encontrar doenças e pôr-nos de novo a funcionar. E quem não tem doenças e quer apenas aumentar e controlar o estado geral de felicidade? Acho que agora existe uma "psicologia positiva" que vai mais neste sentido...
O que há de comum às diversas religiões e filosofias? No fundo a ideia é sempre sermos felizes e vivermos no meio de pessoas felizes. Mas como fazemos isso? Às vezes simplesmente não conseguimos pôr em prática toda a teoria que conhecemos para ser felizes. Meditação? Não tenho meditado...
Sinto como se estivesse mesmo à beira de uma grande descoberta, algo que não se pode transformar em palavras... é estranho.
Mas parece que já não "sonho com a iluminação". Não estou perto. Tenho apenas que ir dando atenção a cada coisa, amor, família, amigos, trabalho, etc...
Vivia num sonho... agora estou mais consciente das minhas limitações. Não estou perto e contudo estou mais perto porque me conheço um bocadinho melhor.
Sinto que ao querer viver na paz do yoga ignorava as arestas que existiam por limar. Agora vejo-as e posso lidar com elas. Cheguei a ser completamente dominado por estas "arestas por limar", mas agora já não...
Não posso chegar de repente às alturas sem trabalhar primeiro as bases, a estrutura...
Não vou mais fugir à negatividade que em mim encontro. Vou enfrentar tudo, reconhecer sem fugir tudo o que surge, o bom e o mau, e aprender cada vez mais sobre as causas da felicidade e sofrimento...
Um dia hei-de desvendar este mistério e descobrir como funciona a mente humana e como se faz para ser sempre feliz. E depois ensino a toda a gente!
Neste momento sinto-me bem. Nos últimos dias, semanas, tudo tem corrido bem, não há nada que eu queira muito, não há nada que não esteja bem... No entanto persiste esta sensação de que continuo vulnerável. Podia estar tudo igual mas senti-me em baixo. E claro que pode acontecer a qualquer momento algo que me deixe em baixo. Enfim, não sei como fazer para voltar para um estado favorável se dele sair...
A nossa psicologia é inútil. Serve apenas para encontrar doenças e pôr-nos de novo a funcionar. E quem não tem doenças e quer apenas aumentar e controlar o estado geral de felicidade? Acho que agora existe uma "psicologia positiva" que vai mais neste sentido...
O que há de comum às diversas religiões e filosofias? No fundo a ideia é sempre sermos felizes e vivermos no meio de pessoas felizes. Mas como fazemos isso? Às vezes simplesmente não conseguimos pôr em prática toda a teoria que conhecemos para ser felizes. Meditação? Não tenho meditado...
Sinto como se estivesse mesmo à beira de uma grande descoberta, algo que não se pode transformar em palavras... é estranho.
Mas parece que já não "sonho com a iluminação". Não estou perto. Tenho apenas que ir dando atenção a cada coisa, amor, família, amigos, trabalho, etc...
Vivia num sonho... agora estou mais consciente das minhas limitações. Não estou perto e contudo estou mais perto porque me conheço um bocadinho melhor.
Sinto que ao querer viver na paz do yoga ignorava as arestas que existiam por limar. Agora vejo-as e posso lidar com elas. Cheguei a ser completamente dominado por estas "arestas por limar", mas agora já não...
Não posso chegar de repente às alturas sem trabalhar primeiro as bases, a estrutura...
Não vou mais fugir à negatividade que em mim encontro. Vou enfrentar tudo, reconhecer sem fugir tudo o que surge, o bom e o mau, e aprender cada vez mais sobre as causas da felicidade e sofrimento...
Um dia hei-de desvendar este mistério e descobrir como funciona a mente humana e como se faz para ser sempre feliz. E depois ensino a toda a gente!
terça-feira, setembro 18, 2007
Emoções destrutivas
Apreciar o momento presente, mudar a perspectiva, não há nada que seja mau em todas as perspectivas...
Podemos saber muito bem a teoria e em certas alturas não conseguimos pôr nada em prática. E ficamos tristes, irritados...
Como é que o correm estes estados de espírito negativos? O que acontece antes e depois? Podemos mesmo ver as emoções cada vez mais perto do momento em que ocorrem?
Será que podemos mesmo chegar a encontrar o conjunto de causas que nos levam a um estado de espírito negativo?
Poderemos transformar-nos profundamente ao ponto de acabar de vez com todas as emoções destrutivas e gerar apenas estados positivos?
Podemos aprender muitas coisas mas isso não faz de modo algum que nos sintamos sempre bem, o que no fundo é o que importa. Por vezes até parece ser ao contrário. Parece que as pessoas mais "inteligentes" são mais infelizes.
Mas afinal o que se passa? A inteligência não poderá ser usada em nosso favor?
Dicionario. bem: causa felicidade; mal: causa sofrimento. :-)
Podemos saber muito bem a teoria e em certas alturas não conseguimos pôr nada em prática. E ficamos tristes, irritados...
Como é que o correm estes estados de espírito negativos? O que acontece antes e depois? Podemos mesmo ver as emoções cada vez mais perto do momento em que ocorrem?
Será que podemos mesmo chegar a encontrar o conjunto de causas que nos levam a um estado de espírito negativo?
Poderemos transformar-nos profundamente ao ponto de acabar de vez com todas as emoções destrutivas e gerar apenas estados positivos?
Podemos aprender muitas coisas mas isso não faz de modo algum que nos sintamos sempre bem, o que no fundo é o que importa. Por vezes até parece ser ao contrário. Parece que as pessoas mais "inteligentes" são mais infelizes.
Mas afinal o que se passa? A inteligência não poderá ser usada em nosso favor?
Dicionario. bem: causa felicidade; mal: causa sofrimento. :-)
segunda-feira, setembro 17, 2007
De volta?
Ainda estou vivo, lembrei-me que talvez fosse boa ideia escrever isto no blog.
Agora não medito, não faço yoga... Apanhei uma otite há um mês que finalmente parece estar a passar, e pensava que não me podia por da cabeça para baixo. Depois o otorrino disse que se calhar até fazia bem.
Continuo a ler sobre budismo, e continuo a pensar que o mais importante nesta vida é ser feliz...
Agora leio o livro "Emoções destrutivas e como domina-las" sobre um dialogo em que participou o Dalai Lama, cientistas, psicólogos, filósofos ocidentais... muito interessante.
Continuo a praticar uma "atenção vigilante" e vou voltar a meditar e fazer yoga...
Agora não medito, não faço yoga... Apanhei uma otite há um mês que finalmente parece estar a passar, e pensava que não me podia por da cabeça para baixo. Depois o otorrino disse que se calhar até fazia bem.
Continuo a ler sobre budismo, e continuo a pensar que o mais importante nesta vida é ser feliz...
Agora leio o livro "Emoções destrutivas e como domina-las" sobre um dialogo em que participou o Dalai Lama, cientistas, psicólogos, filósofos ocidentais... muito interessante.
Continuo a praticar uma "atenção vigilante" e vou voltar a meditar e fazer yoga...
terça-feira, julho 03, 2007
O carro e o cão
Uma viagem de 400km. Faltavam uns 300 metros para chegar. Um gato preto cruza a estrada. Olho para ele e penso: "um gato preto que cruza o caminho da azar, eheh mas que azar pode haver agora, estou quase a chegar". Olho em frente, um grande cão aparece subitamente à frente do carro. Em cheio, o cão morreu e o carro voltou de reboque... Uma viagem so termina no último instante...
quinta-feira, junho 28, 2007
O momento

Sofremos porque podemos prever o futuro, porque recordamos o passado...
Por vezes não é fácil ficar apenas a apreciar as sensações e bem estar deste momento. Sentir que "não é preciso fazer mais nada, já tenho tudo o que preciso"... apreciar apenas, estar, já está tudo bem. Ah, como são bons estes momentos de paz...
Acho que foi o Osho que escreveu que não é possível não ser feliz no momento presente...
Aparecem pensamentos sobre o passado, com emoções associadas. E também sobre o futuro. Mas sou livre de os olhar no meio de tudo o mais que neste momento existe, observar serenamente as emoções como parte da experiência deste momento, sem me apegar a nada...
Era bom que todas as pessoas tivessem a clareza da minha mente neste momento...
Om Shanti
terça-feira, junho 19, 2007
O sofrimento existe

Nascemos, vivemos e acabamos por morrer. Os dias vão passando, um após outro, vamos fazendo umas coisas, há alturas em que nos sentimos melhor, outras pior, a única coisa certa é a morte... Quem é que ainda não se deteve por instantes com este pensamento? Por vezes tudo parece desprovido de sentido. Se a coisa se torna crónica é preciso acreditar em qualquer coisa, seja em Deus ou no Freud, ou noutra coisa qualquer.
Também se pode acreditar que o sentido da vida é ir removendo a negatividade para que, vida após vida, a verdadeira essência da mente se revele e alcancemos a total sabedoria, bom coração... o nirvana. É mais uma crença, que podemos escolher.
Mas por vezes tudo parece sem sentido, não há crença que nos valha... esforço para quê? Onde vamos parar? Sempre à morte, nada mais. E antes de morrer é preciso sofrer, sofrer muito, ver outras pessoas a ficar doentes, a morrer até finalmente ser a nossa vez. Sofremos porque não temos o que queremos, e se temos sofremos na mesma por saber que o vamos perder.
De tempos a tempos volto à primeira nobre verdade: o sofrimento existe. Isto custa muito... mas talvez tenha aprendido mais alguma coisa de cada vez que aqui volto... ao essencial. Vamos lá começar outra vez... isto cansa.
quinta-feira, maio 24, 2007
Pesadelo

Estava no hospital, deitado e a soro. A certa altura a tensão no meu braço aumentou e o sangue começou a subir pelo tubo do soro. Eu sabia que só tinha que relaxar o braço ou então retirar a agulha. Mas não conseguia fazer uma coisa nem outra e estava a morrer. Apareceu uma enfermeira, olhou para mim mas não ligou muito. Não sei se não lhe pareceu importante ou se não sabia o que fazer...
Às vezes não é possível retirar a agulha e nem ao menos conseguimos relaxar o braço...
Às vezes não é possível retirar a agulha e nem ao menos conseguimos relaxar o braço...
Subscrever:
Mensagens (Atom)