segunda-feira, agosto 02, 2010
Pedro Kupfer e Advaita Vedanta
segunda-feira, maio 03, 2010
Palestra "Prática do Dharma"
Ontem dei uma palestra no espaço de Yoga, com este título, a mesma que preparei para o curso de Yoga Integral que estou a frequentar. Apareceu muita gente, apesar de não ter divulgado publicamente. Foi interessante e divertida a sessão de perguntas e conversa após a apresentação. O primeiro slide com o resumo:
Buda (O que descobriu)
O problema da palavra “Budismo” (Kalama Sutta)
Budismo (Quatro Nobres Verdades e Caminho do Meio)
Meditação (Os Dois Pilares)
Budismo e ciência (Em sintonia)
Prática Budista não Budista (O essencial)
quarta-feira, abril 28, 2010
Sofrimento outra vez
Nesta vida existe sofrimento, todos os dias, em cada instante! Alguns dias mais que outros. E isto é absolutamente normal.
Desde que ouvi falar do Buda que entendi que não quero caminhos de felicidades. É tão cansativo fingir que o sofrimento não existe. Vejo tantas estratégias de tanta gente, mais ou menos refinadas para tentarem manter-se na crista da onda, sempre em frenética actividade e em grande esforço. Vão morrer a correr ou parar um dia? As ondas sobem e descem!
Por falar em ondas, hoje já está bastante calor, é altura de voltar ao bodyboard...
segunda-feira, abril 26, 2010
Dhukka
De tempos a tempos volto à primeira nobre verdade: dhukka.
Existe sofrimento na existência humana. Estamos sujeitos à dor, envelhecimento, doenças e morte. E podemos tentar ignorar isto com distracções ou procurar viver a vida em pleno, também o sofrimento.
Raramente olho para a televisão, mas ontem à noite olhei para um daqueles programas que mostram como a vida das vedetas de televisão é plena de felicidade. Ficando a olhar para a televisão esquecemos facilmente que a nossa própria existência tem sofrimento. Talvez a solução seja ficar sempre a olhar para a televisão, fugir à vida e um dia morrer sem ter vivido...
Do mesmo modo que nos podemos abrir à dor física e notar cada sensação até que fique apenas a dor deve ser possível notar no corpo o sofrimento mental até que fique só o sofrimento mental. O que quer isto dizer?
terça-feira, abril 13, 2010
Onde está o bebé? Cá está ele!
Às vezes o bebé chora profundamente e grita... em silêncio. E não sabemos o que quer, o que tem, que mal o aflige...
segunda-feira, março 22, 2010
Retiro Zen com a Amy Hollowell
Fantástica experiência. No inicio davam-me vontade de rir aqueles gestos e rituais Japoneses todos. Depois comecei a tentar imitar. Ontem à noite já fiz todas as vénias ao Buda a sentir o que estava a fazer. O que senti foi "raios, o que ele fez é mesmo difícil" num misto de humor e respeito.
É paradoxal. O que ele fez foi "não fazer nada". Apenas observar. Ver, claramente, tudo o que há para ver, sem interferir, sem rejeitar nada. Parece tão fácil...
A palestra de ontem foi absolutamente genial. Foi uma palestra sobre Despertar. Parece ter dito tudo o que há dizer. Simplesmente criou o contexto ideal para a história com apenas duas palavras:
-Ananda.
-Yes.
A entoação do "yes" não consigo descrever aqui, mas tocou-me. Como se estivesse tudo ali, naquela resposta simples, directa, de Ananda.
sábado, março 06, 2010
Meditação
Relaxar, observar, não reagir. É possível observar mesmo o que está a acontecer neste instante? No instante em que realmente acontece antes de começarmos a adicionar explicações e conceitos e todo o tipo de teorias budistas ou não budistas?
Para mim agora meditar é apenas isto. Uma observação relaxada do que está realmente a acontecer, sem adicionar nada.
Postura correcta, relaxamento e observação. O único controle que procuro que exista é o de fazer voltar a atenção ou apenas para a respiração ou para tudo aquilo que está a acontecer, no momento presente, interna e externamente.
Faço isto todos os dias, pelo menos trinta minutos por dia, porque faz sentido. E não espero nada em troca...
sexta-feira, novembro 20, 2009
Espiritualidade

terça-feira, novembro 10, 2009
Originalidade
No mundo académico todos procuram escrever algo que seja original. E então por isso amontoam-se artigos, a maior parte inúteis e sobre problemas particulares, muitos deles inventados.
Quando é que algo que escrevemos é original? Basta que se sinta ou será preciso verificar se já está publicado em alguma revista científica internacional?
Deve ser preciso um estado meditativo muito profundo para verificar que algo é criatividade e não repetição de algo que surgiu em toda a nossa experiência até este momento. Hoje estou-me a rir de mim próprio...
Um poema de Bashô:
“Olhe cuidadosamente
A Nazuna desabrocha
Ao longo da cerca – Ah!”
Repito este para mim muitas vezes. Um dia vou saber o que diz e vai ser um poema original meu.
segunda-feira, novembro 09, 2009
Para quê meditar?
Para quê meditar, ficar sentado sem fazer nada, se há tantas coisas interessantes para fazer?
Mas o que é realmente interessante? Quando fazemos as coisas que nos apetecem não estaremos a agir determinados pelos condicionamentos criados por toda a nossa experiência passada até este momento? Será possível sair deste total determinismo que nos leva a seguir automaticamente os nossos "quereres"? Haverá realmente possibilidade de ser livre?
Poderemos mesmo ao meditar decompor e observar todo o processo mental, deste os impulsos que nos levam a fazer coisas, às consequentes reacções de apego, aversão, e agir sobre este processo, escolhendo o que fazer, ou não fazer?
Quando me forço a ficar sentado sem fazer nada não estarei afinal a investigar a possibilidade de ser realmente livre?