Correcto no sentido de nos tornar mais conscientes, mais presentes, mais no aqui e agora, mais plenamente sábios e compassivos...
Há um aspecto em que o consumo de pornografia ou qualquer coisa que aumente o desejo sexual pode ser prejudicial. Se pretendermos seguir um caminho espiritual em que progressivamente nos tornamos mais tranquilos e conscientes, então não há grande interesse num consumo que nos agita...
E o mesmo se aplica à comida. Nunca achei razoável tornar-me vegetariano, pois parece-me mais difícil conseguir os nutrientes precisos sem comer carne e peixe. Parece-me mais razoável muito pouca carne e algum peixe. No entanto perdi totalmente a vontade de comer carne. Acho que este filme foi a última gota de agua: http://veg-tv.info/Earthlings
Bom, tudo tem consequências e aquilo que consumimos importa como é obvio...
Claro que é importante dosear o nível de controlo, deixando respirar o tigre. Se a energia sexual é demasiado controlada pode originar desvios.
Mas se é a inteligência que nos impede de viver no presente e nos faz levar a vida no passado e no futuro, também a podemos usar para exercer algum controle e manter o bicho satisfeito e calmo!
quinta-feira, março 27, 2008
segunda-feira, março 17, 2008
Budismo e depressão
O budismo faz todo o sentido. Claro que só podemos ser felizes no presente, nada mais existe. Não vejo dogmas no nobre caminho óctuplo É apenas um mapa extremamente lógico e útil. Que nos orienta agora a seremos felizes e a melhorar o nosso estado geral de felicidade. É preciso praticar o caminho. Usar o mapa.
Mas e naqueles dias em que tudo parece cinzento e não conseguimos pôr nada em prática? O que causa mais sofrimento? Será a depressão ou o desejo forte de nos livrarmos dela? O que fazer quando nada resulta?
Felizmente há alturas em que fico profundamente deprimido. E não consigo fazer rigorosamente nada para abandonar esse estado, ou para outro efeito qualquer. Às vezes digo a mim próprio, em alturas melhores: se voltar a acontecer vou fazer apenas isto, algo simples, para não me esquecer. Mas nunca resulta. Não me lembro. Talvez escrevendo num papel... Não dá. O problema é que tudo muda e o que resulta hoje não resulta amanhã. É como com as crianças. É preciso ser flexível. Mas como ser flexível quando se está deprimido e não se consegue fazer nada?
Felizmente também, as minhas "depressões" não duram muito. O melhor a fazer é esperar que passem. Mas até isto esqueço nessas alturas. Parece que nunca vai passar. Quando o lume está a arder é fácil dirigir a chama. Mas e quando falta a faísca que o acende?
O que me ajuda? O Budismo. É natural existir insatisfação. É o dukkha. Sem sofrimento não pode existir compaixão pois não se tem oportunidade de sentir o que os outros também sentem. Por isso a "depressão" é de certa forma uma coisa útil.
Mas também é tão horrível. Especialmente quando não parece haver causa nenhuma além do dukkha. E por vezes procuramos inventar uma causa mais aceitável.
Aceitar o sofrimento como sendo algo natural em vez de uma doença, é então a primeira coisa que me ajuda. Além da aceitação é sentir que não tenho que fazer nada. É esperar que se auto-cure, como acontece com as feridas.
Finalmente, é uma oportunidade para investigar o sofrimento. Que de facto, devido ao sofrimento, não consigo aproveitar...
Resumindo: aceitar, esperar que passe e se possível investigar enquanto dura.
Pra próxima tenho que me lembrar disto...
Mas e naqueles dias em que tudo parece cinzento e não conseguimos pôr nada em prática? O que causa mais sofrimento? Será a depressão ou o desejo forte de nos livrarmos dela? O que fazer quando nada resulta?
Felizmente há alturas em que fico profundamente deprimido. E não consigo fazer rigorosamente nada para abandonar esse estado, ou para outro efeito qualquer. Às vezes digo a mim próprio, em alturas melhores: se voltar a acontecer vou fazer apenas isto, algo simples, para não me esquecer. Mas nunca resulta. Não me lembro. Talvez escrevendo num papel... Não dá. O problema é que tudo muda e o que resulta hoje não resulta amanhã. É como com as crianças. É preciso ser flexível. Mas como ser flexível quando se está deprimido e não se consegue fazer nada?
Felizmente também, as minhas "depressões" não duram muito. O melhor a fazer é esperar que passem. Mas até isto esqueço nessas alturas. Parece que nunca vai passar. Quando o lume está a arder é fácil dirigir a chama. Mas e quando falta a faísca que o acende?
O que me ajuda? O Budismo. É natural existir insatisfação. É o dukkha. Sem sofrimento não pode existir compaixão pois não se tem oportunidade de sentir o que os outros também sentem. Por isso a "depressão" é de certa forma uma coisa útil.
Mas também é tão horrível. Especialmente quando não parece haver causa nenhuma além do dukkha. E por vezes procuramos inventar uma causa mais aceitável.
Aceitar o sofrimento como sendo algo natural em vez de uma doença, é então a primeira coisa que me ajuda. Além da aceitação é sentir que não tenho que fazer nada. É esperar que se auto-cure, como acontece com as feridas.
Finalmente, é uma oportunidade para investigar o sofrimento. Que de facto, devido ao sofrimento, não consigo aproveitar...
Resumindo: aceitar, esperar que passe e se possível investigar enquanto dura.
Pra próxima tenho que me lembrar disto...
segunda-feira, março 10, 2008
a great elephant in the deep forest
But if you do not find an intelligent companion, a wise and well-behaved person going the same way as yourself, then go on your way alone, like a king abandoning a conquered kingdom, or like a great elephant in the deep forest. - Buddha...
Um sonho
Um homem falava para um grupo de pessoas, estavam de pé numa colina com relva. Afastei-me a tentar que ninguém me visse. Não queria parecer mal educado. Palavras, ideias, crenças... Tudo é possível, só mesmo a abertura a todas as possibilidades. E assim consegui... Sem tentar encaminhar a minha descoberta, descobri. Descrobi como se faz para voar, como nos sonhos. É no momento em que se fica mais leve, que ao cair para a frente se desce lentamente, mas não se chega ao chão. A leveza e alegria fizeram-me subir mais, e subi para cima dos cabos electricos. São sempre um problema quando se levanta voo. Passei para o lado de cima e olhei para a colina que descia. Havia mais cabos electricos à frente. Não sei como voar para ali e mostrar às pessoas... e acordei. Afinal, mais uma vez, era num sonho que voava...
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