No budismo diz-se que se não podemos dizer algo que seja útil a alguém então mais vale manter "nobre silencio".
E ser útil aqui tem um significado claro. Tento aceite o axioma de que todos os seres sofrem, podemos então falar com a intenção de lhes diminuir o sofrimento.
Tudo isto faz sentido, mas... quem é que se limita a falar movido apenas por esta intenção? Falamos por falar, por vezes distraídos, e por vezes dizemos coisas que fazem os outros sofrer.
Acabei há pouco tempo de ler o livro Domar o Tigre, de Akong Tulku Rimpoché. Não se consegue domar o tigre à força. Tem que ser com delicadeza, por vezes deixando-o um bocadinho livre... E às vezes faz disparates. Mas é preciso aceitar e ir fazendo pequenos progressos...
E por vezes falamos sem pensar, e falamos por falar, nós que não somos budas, despertos que a todo o instante conseguem fazer o mais apropriado para ajudar a libertar os seres do sofrimento.
Não são muito poderosos, os budas, que não conseguem despertar os outros, mas apenas indicar-lhes um caminho para que eles o percorram a custo e acabem por despertar também...
É preciso algum controle no uso da palavra. Mas também é preciso soltar a intuição, ou o tigre, ou seja o que for de vez em quando, e por vezes as palavras que saem não são movidas pelas melhores intenções. Acontece, basta notar que acontece, não me julgar. Já sei que não sou perfeito, vou apenas continuar a investigar, a notar, talvez faça pequenos progressos.
Ah... às vezes ajuda escrever... clarifica o espírito. Se calhar devia escrever estas coisas num ficheiro em vez de um blog. Oh... nada a esconder, ninguém é forçado a ler. E é sempre possível que seja útil, sabe-se lá.
E ser útil aqui tem um significado claro. Tento aceite o axioma de que todos os seres sofrem, podemos então falar com a intenção de lhes diminuir o sofrimento.
Tudo isto faz sentido, mas... quem é que se limita a falar movido apenas por esta intenção? Falamos por falar, por vezes distraídos, e por vezes dizemos coisas que fazem os outros sofrer.
Acabei há pouco tempo de ler o livro Domar o Tigre, de Akong Tulku Rimpoché. Não se consegue domar o tigre à força. Tem que ser com delicadeza, por vezes deixando-o um bocadinho livre... E às vezes faz disparates. Mas é preciso aceitar e ir fazendo pequenos progressos...
E por vezes falamos sem pensar, e falamos por falar, nós que não somos budas, despertos que a todo o instante conseguem fazer o mais apropriado para ajudar a libertar os seres do sofrimento.
Não são muito poderosos, os budas, que não conseguem despertar os outros, mas apenas indicar-lhes um caminho para que eles o percorram a custo e acabem por despertar também...
É preciso algum controle no uso da palavra. Mas também é preciso soltar a intuição, ou o tigre, ou seja o que for de vez em quando, e por vezes as palavras que saem não são movidas pelas melhores intenções. Acontece, basta notar que acontece, não me julgar. Já sei que não sou perfeito, vou apenas continuar a investigar, a notar, talvez faça pequenos progressos.
Ah... às vezes ajuda escrever... clarifica o espírito. Se calhar devia escrever estas coisas num ficheiro em vez de um blog. Oh... nada a esconder, ninguém é forçado a ler. E é sempre possível que seja útil, sabe-se lá.
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