quinta-feira, abril 07, 2011

Todas as emoções são dor?


Quando reflectia sobre a frase “todas as emoções são dor” apareceu na minha mente esta imagem, que embora não seja nova, surgiu agora como muito clarificadora.

Estou no mar, no meio das ondas. É óbvio que não consigo mudar as ondas do mar, por muito que seja a minha força de vontade, as ondas simplesmente não vão mudar a meu gosto. As ondas são as emoções. Elas simplesmente vão surgindo, não sou “eu” quem decide faze-las aparecer.

Se não estou atendo, no meio das ondas, surge de vez em quando uma onda violenta que me arrasta com força às cambalhotas e eventualmente atira-me contra a areia ou contras as rochas. Quando uma onda destas me atinge, estando assim distraído, não há nada a fazer, não dá para sair de toda aquela força que me arrasta e me domina. E além de todo o sofrimento que já existe neste percurso violento, por vezes ainda culmina num arremessar contra a areia ou mesmo contra as rochas. Assim é quando perdemos a visão do todo, estando completamente identificados com uma emoção destrutiva, completamente à mercê desta onda violenta. E além de todo o sofrimento que isto é por si só, permitimos por vezes que tenha consequências ainda piores. Estando atento talvez podesse ter mergulhado a tempo, passando por baixo da onda e evitando todo este sofrimento, ou talvez não.

Por vezes conseguimos apanhar uma boa onda e é muito bom apanhar uma onda destas. Mas mesmo aqui existe sofrimento, há tensão, há um saber que vai terminar, e pode haver uma inabilidade para sair da onda atempadamente, mais uma vez vem um arremesso contra a areia ou contra as rochas. E a seguir vem a ânsia por uma nova onda como esta, por mais deste prazer.

Este brincar nas ondas é o jogo da vida. Seja qual for a nossa actividade neste momento, as ondas continuam a surgir. Podemos estar distraídos e ser violentamente arrastados por elas. Ou podemos aprender sobre as ondas, observar, estar atentos. Podemos aprender a apanhar as boas ondas e a sair delas na altura certa. Estar atento não significa ser “controlado”, não há maneira de ficar estático no meio do mar, há sempre movimento, temos que acompanhar o movimento.

Não há maneira de parar as ondas, apenas podemos observa-las, aprender com elas informando a nossa intuição. Aprender a estar no mar quando as ondas estão boas e nas difíceis tempestades. E para aprender as ondas é preciso notar que existem, que por vezes nos levam, é preciso observar, é preciso meditar.

Isto parece tudo obvio mas o que é facto é que estamos quase sempre a fazer força para que não venham ondas que não gostamos, e para que venham daquelas ondas que gostamos. E por outro lado andamos distraídos, somos arrastados, e depois o mundo deixa de ser mundo, perde todas as cores, passa a ter apenas a cor daquela onda violenta que nos levou, e isto pode ter consequências desastrosas. Talvez todos males da humanidade advenham daqui. Da inabilidade dos homens para lidar com as ondas do mar.

sábado, abril 02, 2011

Yoga: uma religião para viciados sexuais



Voltei a encontrar na net este divertido artigo sobre Yoga e desta vez guardo aqui o link, que é de partir a rir.

Alguém que define o Yoga como "uma religião que ensina os seus praticantes a contorcer os seus corpos em posições deomoniacas com o objectivo ultimo de serem capazes de colocar os seus orgãos genitais nas suas bocas".