No passado fim de semana fizemos um retiro de meditação sem mestre. O mini-retiro começou na sexta à noite e terminou no domingo ao fim da manhã.
Cinco pessoas e um programa impresso numa folha, que consistia essencialmente em alternar meia hora de meditação sentada com meia hora de meditação a andar. Tivemos também duas sessões de yoga. A meditação no sábado foi intensiva, das 7:30 da manhã às 10h00 da noite.
Também lemos um texto sobre o Kalama Sutta, onde o Buda refere a importância de não aceitarmos algo, mesmo que seja ele próprio a dizer, sem validarmos com a nossa própria experiência. O texto chamava a atenção para a importância do "inquérito", do questionamento, da observação.
Até voltei a ler um pouco de Krishnamurti. Acho que uma pitada faz bem a toda a gente. Um extracto do conhecido discurso da Dissolução da ordem da Estrela: "Eu sustento que a Verdade é uma terra sem caminhos e dela não podereis vos aproximar por nenhum caminho, por nenhuma religião, por nenhuma seita."
É forte a tendência que as pessoas têm para seguir alguém, em vez de procurarem ser uma luz para si próprias. Existem muitos seres inspiradores mas em última instância cada um tem que ser mestre de si próprio e tem que ter a coragem de não se sujeitar a nenhuma forma de autoridade. Ninguém nos pode dizer o que fazer. Temos que ser nós próprios... em silêncio.