quinta-feira, agosto 27, 2009

Avalokiteshvara


O bodhisattva da suprema compaixão. Acabei de ler, e já não sei onde, que se manifesta no momento em que ajudamos alguém... Ou seja, não temos que pensar em bodhisattvas como seres separados de nós.

Mas o ideal do bodhisattva, do Budismo Mahayana, é inspirador. O bodhisattva é um ser que está perto de atingir a iluminação mas opta por não o fazer. Continua no mundo para ajudar todos os seres a libertarem-se do sofrimento, e a sair do samsara...

A prática do Theravada é essencialmente Samatha e Vipassana, o que basicamente significa, parar e olhar. Não parece haver um ênfase tão grande na compaixão, que no entanto aparece naturalmente interligada com a sabedoria... Mas aqui não há bodhisattvas, é o salve-se quem poder!

Estou-me a sentir melhor colorindo o Theravada com um pouco da compaixão do Mahayana e da beleza do Vajrayana. A ciência do Ajahn Buddhadasa, o calor do Thich Nhat Hanh, a magia do Dalai Lama... Há tantas fontes de sabedoria e bondade.

Ontem fiz metta bhavana, a famosa meditação do amor incondicional. Já não fazia uma meditação prolongada há algum tempo. E vi como é importante dar mais ênfase ao amor e compaixão.

Entrei hoje no ano 40, com esta sensação de que, se o coração está morto não dá para parar e não há nada para ver...

Que todos os seres se libertem do sofrimento e das causas do sofrimento, e que cultivem a felicidade e as causas da felicidade.