sexta-feira, maio 19, 2006

O Jardim de Lótus

Quando o Buda atingiu a iluminação olhou à volta. Existirá alguém capaz de entender o que tenho para ensinar? Viu que sim, as pessoas são como flores de lotus. Algumas ainda estão enterradas na lama, mas outras estão mesmo quase a abrir todas as suas pétalas...

Sim, em algumas pessoas sente-se tanta abertura. Não são as palavras, é a presença, é o olhar... mas todos flores de lótus... todos...

Estou-me a passar... ainda um dia chego à iluminação. Já me estou a ver... no centro da sala de um manicómio, convencido que sou um lampada! eheh

terça-feira, maio 16, 2006

Quotes

“Basically we are all the same human beings with the same potential to be a good human being or a bad human being ... The important thing is to realize the positive side and try to increase that; realize the negative side and try to reduce. That's the way.”

“We can live without religion and meditation, but we cannot survive without human affection.”

Dalai Lama


"You can search throughout the entire universe for someone who is more deserving of your love and affection than you are yourself, and that person is not to be found anywhere. You yourself, as much as anybody in the entire universe deserve your love and affection."

Buda

quinta-feira, maio 11, 2006

Impermanência

É provavelmente o essencial na visão budista do mundo. Esta tudo a mudar, nada é igual em dois momentos consecutivos. O ego é invenção, fantasia. Os pensamentos e emoções aparecem e desaparecem, nada disto sou eu. Há causas e efeitos, interdependencia, apenas.

Aplica-se em tudo. Compro um carro, sei que vai ficar velho. Faço a manutenção para impedir que fique velho ou para acompanhar e minimizar a sua natural auto-destruição? Eu prefiro a segunda opção. Mas é mais natural escolher a primeira, lutar contra o envelhecimento, contra a impermanência, em vez de a aceitar como um facto. Para mim é melhor encarar a realidade e viver com ela. Não temos mesmo nada, está tudo a mudar, por isso também não há nada a perder. É apenas viver.

Não ter nada para agarrar provoca insegurança. Na verdade no essencial não podemos escolher. Caímos num mundo em que as regras já estão definidas e temos que nos adaptar. Não podemos escolher não ficar doentes e morrer. Algumas coisas podemos escolher. Podemos escolher a perspectiva que mais nos agrada, que para nós é mais natural. Eu vejo tudo a mudar, é como se o oposto fosse estagnar, ficar preso em qualquer coisa, parar de crescer...

Às vezes fico muito animado com as viagens interiores. Um mundo imenso para descobrir. Coisas que não são mesmo minhas, perdem sentido, desvanecem. Coisas boas podem ser trazidas à superfície, exploradas, amplificadas. Não interessa se conseguimos a iluminação, ou que significa isso. Crescimento existe, e pode-se continuar a crescer até, um dia, morrer. Até à morte, existe vida. As árvores só crescem.

Estou cheio de sono. Mas isto vai mudar, depois de dormir o suficiente, se isso acontecer.